CIÊNCIAS DA NATUREZA SSA 3 2026

CIÊNCIAS DA NATUREZA SSA 3 2026

 GABARITO PRELIMINAR:

GABARITO_PRELIMINAR_-_SSA_3_2º_DIA_-_2026.pdf

 LINK PARA A PROVA:

SSA 3 2026 2º DIA 2026

 

COMENTÁRIOS SOBRE A PROVA:

CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS - QUESTÕES DE 24 a 50:

  1. Interdisciplinaridade moderada
    As questões abordam Biologia, Química e Física de forma separada, mas algumas apresentam contexto integrado — como questões ambientais (poluição, saneamento, mudanças climáticas) que exigem conhecimentos das três áreas.

  2. Contextualização atual e relevante
    Muitos itens trazem temas contemporâneos:

    • Clonagem e biotecnologia (Q24)

    • Expansão do universo e Telescópio James Webb (Q35)

    • Saneamento básico e qualidade da água (Q42)

    • Mudanças climáticas e COP (Q46)

    • Energias renováveis e supercapacitores (Q50)

    • Fármacos (ibuprofeno) (Q45)

    • Biodiesel e etanol (Q49)

  3. Exigência de conceitos fundamentais
    As questões não são apenas memorização, mas exigem aplicação:

    • Física: Lei de Hubble, eletrodinâmica (pilha Volta, galvanoplastia, eletrólise), relatividade (paradoxo dos gêmeos), movimento circular com força elétrica e gravitacional (Q30), MHS com massa-mola (Q43), indução eletromagnética (Q48).

    • Química: nomenclatura orgânica, equilíbrio químico (tautomerismo), estereoquímica, reações de oxidação de alcinos, pilhas e eletrólise, combustão, poluição.

    • Biologia: genética de populações (persistência da lactase), evidências da evolução (estruturas homólogas), ecologia (competição, nicho ecológico), citogenética (NOR, heterocromatina), biotecnologia (clonagem, DNA recombinante).

  4. Matemática aplicada
    Em algumas questões é necessário fazer cálculos (Q26 – comprimento de onda do laser; Q31 – mols de elétrons; Q35 – velocidade de recessão; Q43 – constante elástica; Q47 – eletrólise; Q50 – energia de supercapacitores). Isso integra a habilidade de manipulação de fórmulas e unidades.

  5. Interpretação de gráficos, esquemas e textos
    Várias questões trazem figuras, fluxogramas (Q23 da parte de Matemática, mas na Natureza há Q38 com idiograma), gráficos (Q48 – B × t), exigindo que o candidato extraia informações visuais.

  6. Ênfase em sustentabilidade e impactos ambientais
    Um bloco temático significativo trata de poluição, energias renováveis, biocombustíveis, reflorestamento, saneamento — refletindo a importância da educação ambiental no currículo.

  7. Rigor conceitual em definições
    Algumas alternativas usam termos próximos para induzir ao erro (ex.: “isomeria de posição” vs. “isomeria de função” no tautomerismo; “cromossomos metacêntricos vs. acrocêntricos”; “ânodo vs. cátodo” na pilha e na eletrólise).


Dificuldade geral

  • Nível médio a médio-alto, com questões que exigem dois ou mais passos para solução (cálculo + interpretação).

  • As que envolvem Física moderna (relatividade, física quântica do laser) e Química orgânica (tautomerismo, estereoisomeria) podem ser mais desafiadoras para quem não domina bem esses tópicos.

  • As de Biologia molecular e genética populacional (lactase, ancestralidade brasileira) exigem atenção a detalhes do texto.


Sugestões para estudo (com base no perfil da prova):

  1. Dominar conversão de unidades e uso de fórmulas em contextos aplicados.

  2. Praticar cálculos estequiométricos e de leis da Física (eletricidade, ondas, movimento circular).

  3. Revisar mecanismos de reações orgânicas (oxidação, tautomerismo) e estereoquímica.

  4. Estudar genética evolutiva (seleção natural, deriva, migração) com exemplos concretos (lactase, populações humanas).

  5. Analisar questões interdisciplinares ambientais com base em notícias recentes (COP, desmatamento, energias renováveis).

  6. Treinar interpretação de gráficos em Física (B × t, T × t) e Biologia (cariótipos, diagramas).


 

PRINCIPAIS QUESTÕES:

Biologia – Comentário das principais questões

Q24 – Clonagem (vários tipos e aplicações)

  • Usa um painel com 5 imagens: clonagem reprodutiva em mamíferos, cultivo de tecidos vegetais, células-tronco para fins terapêuticos, gêmeos e DNA recombinante/insulina humana.

  • Pede a correlação correta entre imagem, tipo de clonagem e definição.

  • Cobra:

    • Diferença entre clonagem terapêutica x reprodutiva x gênica/DNA recombinante.

    • Entender que gêmeos idênticos são exemplo natural de clonagem; gêmeos bivitelinos não são clones (pegadinha de alternativa).

  • Dificuldade: média, mas com alta chance de erro em quem confunde termos.

  • Em sala: excelente para trabalhar bioética, OGM, reprodução assistida, fazer quadro comparativo dos tipos de clonagem.


Q28 – Estruturas homólogas

  • Texto fala da evolução a partir de um ancestral comum e cita um exemplo clássico de estruturas com mesma origem embrionária e funções diferentes.

  • Pergunta: “Qual nome é dado a essas estruturas?” – resposta esperada: homólogas.

  • Habilidade: reconhecer que origem embrionária comum + funções diferentes = homologia (não análogo).

  • Dificuldade: baixa a média, mas pega quem só memorizou definições sem associar exemplo.


Q29 – Ecologia da Caatinga, nicho ecológico e competição

  • Traz um texto sobre coruja-buraqueira, cascavel e gavião-carijó competindo por pequenos roedores/répteis na Caatinga. 

  • Fala de controle populacional e manejo ambiental no Semiárido.

  • Pergunta: em qual condição essa competição interespecífica se intensifica? – a alternativa correta aponta para mesmo nicho ecológico (e não apenas “mesmo ecossistema”).

  • Habilidade: diferenciar hábitat, biótopo, população, comunidade, nicho.

  • Excelente questão para conectar conteúdo de Biomas brasileiros + Ecologia de populações + Conservação.


Q32 – Lactase, intolerância à lactose e evolução (coevolução gene-cultura)

  • Texto sobre o gene LCT, expressão alta em bebês e redução em adultos (fenótipo NPL – lactase não persistente). Em populações pastorilistas, mutações SNPs mantêm o gene ativo – fenótipo PL (lactase persistente).

  • Pergunta explora fenótipo associado ao consumo de leite e o fator evolutivo (pressão seletiva associada a hábitos de pastoreio, coevolução gene-cultura).

  • Habilidade:

    • Conectar Genética de populações + Evolução + Cultura humana.

    • Entender que fenótipos vantajosos em determinado ambiente cultural (pastoreio) são selecionados.

  • Questão muito “cara de ENEM” – leitura cuidadosa + interpretação de figura e texto.


3. Química – Comentário das principais questões

Q25 – Pilha de Volta

  • Texto e figura da pilha de Volta: discos de zinco e cobre alternados, separados por eletrólito.

  • Pergunta: qual afirmação sobre o sistema está correta?

  • Cobra:

    • Papel do eletrólito iônico (NaCl/ácido sulfúrico).

    • Diferença ânodo (oxidação) / cátodo (redução).

    • Concepção de que não há queima de combustível, mas sim reação redox.

  • Dificuldade: média, exige aluno que realmente sabe a função de cada componente da pilha e não fica só no esquema “decorado”.


Q27 – Oxidação de alcinos para formar ácido 2,3-dimetilbutanoico

  • Dá o nome do ácido (2,3-dimetilbutanoico) e uma lista de alcinos com cadeias maiores. Pergunta qual alcino, ao ser oxidado nas condições corretas, leva ao ácido desejado.

  • Aqui o jogo é:

    • Saber quebra oxidativa de ligações triplas.

    • Contar número de carbonos e distribuição dos substituintes.

  • Questão de orgânica pura, com dificuldade média pra alta para aluno que não treinou “mapear” nomes IUPAC → fragmentos de oxidação.


Q33 – Basicidade das aminas

  • Texto explica que aminas secundárias são mais básicas que primárias, mas as terciárias são menos básicas que as primárias.

  • Pergunta a razão para:

    • Maior basicidade das secundárias.

    • Menor basicidade das terciárias.

  • Resposta exige entender:

    • Efeito indutivo dos grupos alquila aumentando densidade eletrônica em N (favorece recepção de H⁺).

    • Impedimento estérico em aminas terciárias dificultando solvatação e aproximação do próton.

  • Dificuldade: alta conceitual, ótima para diferenciar quem sabe de fato físico-química orgânica.


Itens finais de Química (meio/fim da prova)

Mesmo com o texto truncado, dá para ver:

  • Q34 começa com o selo “Produto Orgânico Brasil” e discussão de alimentos que passam por certificação orgânica.

    • Muito provavelmente aborda condições de produção orgânica, restrições a insumos sintéticos e impactos ambientais/à saúde.

  • Um item próximo a Q49 trata de produção de biocombustível (biodiesel) com etanol x metanol, comentando que etanol é principal produto brasileiro e que metanol pode gerar subprodutos indesejáveis com o catalisador.

Essas questões reforçam a linha da prova: Química aplicada à sustentabilidade, energia e consumo consciente.


4. Física – Comentário das principais questões

Q26 – Laser de hélio-néon e emissão estimulada

  • Texto bastante didático sobre emissão espontânea x emissão estimulada, níveis de energia quantizados, tempo de relaxação etc.

  • Depois, especifica a transição no neônio (E₂ = 20,66 eV e E₁ = 18,70 eV) e pede o comprimento de onda em nm usando E = h·c/λ.

  • É uma questão típica de Física Moderna:

    • Unidade eV → relação com J.

    • Cálculo da diferença de energia e depois λ.

  • Nível: alto para quem não pratica esse tipo de conta, mas extremamente alinhado com conteùdo de 3ª série.


Q30 – Duas cargas ligadas por fio, movimento circular sob gravidade

  • Duas esferas de massa m, cargas ±q, presas por fio de comprimento L, formando sistema vertical. Pede a velocidade mínima para que a carga −q dê um giro completo ao redor de +q.

  • Questão de dinâmica + energia + eletrostática + movimento circular:

    • Condição de laço completo (energia cinética suficiente para vencer gravidade + manter tensão).

  • Nível: bem puxado; separa candidaturas fortes em Física.


Q31 – Sistema fotovoltaico carregando celular em ambiente interno

  • Texto muito atual sobre painéis solares reciclando energia de luz artificial para permitir uso 24h, com resultado experimental: 7 horas de recarga = 94,08% da bateria.

  • Dados: bateria de 3,7 V e 3000 mAh. Pede o número de mols de elétrons transferidos em 7 h, usando carga elementar e.

  • Habilidades envolvidas:

    • Transformar capacidade da bateria (mAh) em carga elétrica (C).

    • Dividir pela carga do elétron → número de elétrons → converter para mols de elétrons.

  • É uma das questões mais bonitas da prova, porque conecta:

    • Física (eletricidade),

    • Tecnologia (energia solar & energia de interiores),

    • Química (conceito de mol de partículas).


Q50 – Supercapacitores e energias renováveis

  • Texto fala de supercapacitores como dispositivos com capacitância específica de 210 F/g, carga/descarga rápida e uso em integração de renováveis.

  • Diz que a tensão máxima típica é 2,7 V e pergunta: qual energia pode ser armazenada em 1 kg de supercapacitores?

  • Exige:

    • Converter 210 F/g → 210.000 F/kg.

    • Usar E = ½ C V².

    • Converter J para kJ.

  • Dificuldade: alta matemática, mas o modelo físico é simples; dificuldade maior é manipular os números com calma.


5. O que essa prova “cobra de verdade” do candidato

a) Mais compreensão do que memorização

  • As questões são quase todas baseadas em situações reais: hospital, Caatinga, selo orgânico, produção de couro, energia renovável, celulares, alimentos, práticas culturais.

  • O aluno precisa ler textos científicos, identificar informação-chave, entender gráficos e esquemas, e articular conceito + contexto.

b) Interdisciplinaridade forte

  • Energia aparece na Química (biocombustíveis, selos, reações), na Física (fotovoltaico, laser, supercapacitor) e na Biologia/Ecologia (manejo na Caatinga, sistemas produtivos orgânicos).

  • Evolução aparece ligada a cultura humana (lactase) e morfologia comparada (estruturas homólogas).

c) Matemática aparece dentro da Natureza

  • Mesmo na parte de Ciências, há cálculos não triviais: energia de fótons, energia armazenada em capacitor, moles de elétrons, velocidades mínimas em movimentos circulares.

  • Isso exige do estudante segurança em notação científica, unidades, conversões.


6. Como usar essa prova para orientar estudo / aula

Se você estiver preparando alunos para o SSA 3, essa prova deixa mensagens claras:

  1. Treinar leitura de texto científico

    • Propor atividades em que o aluno sublinha dados físicos/químicos/biológicos em textos parecidos com os da prova e traduza em linguagem matemática ou esquemática.

  2. Trabalhar temas estruturantes:

    • Energia e tecnologia: painéis solares, laser, supercapacitores, baterias, biocombustíveis.

    • Vida, evolução e ambiente: clonagem, OGMs, Caatinga, selos orgânicos, coevolução gene-cultura.

  3. Fazer listas por “famílias de questão”

    • Biotecnologia aplicada (clonagem, DNA recombinante, lactase).

    • Ecologia de biomas brasileiros, especialmente Caatinga e Semiárido.

    • Química orgânica aplicada (ácidos, aminas, alcinos, processos industriais).

    • Física moderna (fótons, laser) + eletrodinâmica aplicada (baterias, capacitores).

  4. Simulados comentados nessa pegada

    • Sempre que possível, pedir que o aluno explique em palavras o processo físico/químico/biológico antes de fazer a conta – exatamente como a prova “pede mentalmente”.

RESOLUÇÃO COMENTADA:


QUESTÃO 24.

precisamos analisar a correlação entre as imagens numeradas (de 1 a 5) e os tipos de clonagem.

Vamos interpretar cada imagem conforme o texto e os conhecimentos gerais sobre clonagem:

  1. Imagem 1 – mostra um óvulo anucleado recebendo núcleo de uma célula somática, resultando em um clone implantado em uma barriga de aluguel. Isso é clonagem reprodutiva (produz um organismo inteiro).

  2. Imagem 2 – mostra cultura de tecidos vegetais que se desenvolvem em mudas (clonagem de plantas). É um exemplo de clonagem natural ou clonagem vegetativa em laboratório.

  3. Imagem 3 – mostra blastocisto sendo usado para obter células-tronco em cultura, sem implantação no útero. Isso é clonagem terapêutica.

  4. Imagem 4 – mostra gêmeos univitelinos? Na verdade, a imagem (não visível aqui) parece representar gêmeos idênticos, que são clonagem natural (reprodução assexuada não ocorre em humanos para gerar gêmeos idênticos; é um processo natural de divisão do embrião). No entanto, o texto pode estar classificando como "reprodutiva" se for intencional em laboratório, mas a imagem parece de gêmeos naturais, então não se encaixa bem em "reprodutiva" como técnica artificial.

  5. Imagem 5 – mostra um plasmídeo com gene da insulina sendo inserido em bactéria. Isso é clonagem gênica (DNA recombinante).

Analisando as alternativas:

a) 1 - Gênica → Falso, a 1 é reprodutiva.
b) 2 - Natural → Pode ser, pois clonagem de plantas por cultura de tecidos é uma forma de propagação assexuada induzida em laboratório, mas não é “reprodução assexuada realizada em laboratório através de duas células mães” exatamente.
c) 3 - Terapêutica → Correto para a imagem 3 (células-tronco).
d) 4 - Reprodutiva → Imagem de gêmeos bivitelinos? Gêmeos bivitelinos não são clones. Se for univitelinos, são clones naturais, mas "reprodutiva" geralmente se refere à técnica artificial.
e) 5 - Humana → Falso, é clonagem gênica, não humana no sentido de clonar pessoas.

A correlação correta apresentada nas alternativas deve ser:

  • Imagem 3 → Clonagem terapêutica.

ALTERNATIVA C



QUESTÃO 25.

Vamos analisar cada alternativa:

a) "a pilha de Volta gera eletricidade por meio da queima de materiais combustíveis, como o zinco e o cobre, apresentados na figura."
Errado. A pilha de Volta gera eletricidade por reações de oxirredução espontâneas, não por combustão.

b) "o eletrólito, na representação da pilha, é o NaCl que, em solução aquosa, libera íons Na⁺ e Cl⁻ e poderia ser substituída por uma solução de ácido sulfúrico."
Na imagem original da pilha de Volta, o eletrólito era uma solução salina (NaCl) ou ácida. Sim, poderia ser substituído por ácido sulfúrico, que também atua como condutor iônico em pilhas. Essa afirmação está correta em termos históricos e químicos.

c) "o disco de zinco apresentado na imagem é o catodo, polo positivo, enquanto o de cobre é o anodo, polo negativo."
Errado. Na pilha de Volta, o zinco se oxida (ânodo, polo negativo), o cobre é o cátodo (polo positivo).

d) "as placas de zinco e cobre precisam estar no formato de disco circulares, como representados na imagem, por conta da superfície de contato."
Não é verdade — o formato não é essencial; Volta usou discos para facilitar o empilhamento, mas qualquer formato funcionaria.

e) "a alternância de discos apresentada na estrutura da pilha de Volta foi essencial para a descoberta do elétron, mediante medidas de condução nos polos do dispositivo."
Errado. A descoberta do elétron foi bem posterior (Thomson, 1897) e usou tubos de raios catódicos, não a pilha de Volta.

Alternativa B



QUESTÃO 26.

 Transição no laser de He-Ne, entre níveis 2p42p4 (E1=18,70 eV) e 3p23p2 (E2=20,66 eV) no Neônio.
Calcular o comprimento de onda do fóton emitido.


1. Diferença de energia:

ΔE=E2E1=20,6618,70=1,96 eV2. Relação energia–comprimento de onda:

λ=hcΔE​

3. Usando constante hem eV·nm:

hc
λ=12401,96632,65 nm

ALTERNATIVA B


QUESTÃO 27.
ácido 2,3-dimetilbutanoico tem fórmula estrutural:
COOH
|
CH3–CH–CH–CH3
| |
CH3 CH3
  • Cadeia principal: butano → 4 carbonos.

  • Grupos metil nas posições 2 e 3.

  • Total de carbonos: 4 + 2 = 6 carbonos.

Fórmula molecular: C₆H₁₂O₂.


Para obter esse ácido a partir de um alcino via oxidação energética (por exemplo, KMnO₄ em meio ácido e quente, ou ozonólise com H₂O₂/oxidante), ocorre quebra da tripla ligação, gerando dois ácidos carboxílicos (se o alcino for interno e simétrico, serão dois ácidos idênticos).


1. Identificação do alcino simétrico correto

Queremos obter dois ácidos 2,3-dimetilbutanoicos, então o alcino deve ser simétrico e, ao quebrar no meio da tripla ligação, cada metade deve ter o esqueleto correspondente ao ácido (incluindo o carbono da carboxila, que era um dos carbonos da tripla).

O esqueleto do ácido sem o grupo –COOH é um grupamento de 3 carbonos: CH₃–CH(CH₃)–CH(CH₃)–. Juntando o carbono da carboxila (vindo da quebra da tripla), precisamos de uma cadeia de 4 carbonos por lado no alcino.

Isso sugere um oct-4-ino (8 carbonos, tripla no meio) com substituintes metil nas posições adequadas para que cada metade C₁–C₄ e C₅–C₈ seja idêntica e gere o ácido desejado.

2. Testando as alternativas

a) 3,3,6,6-tetrametil-oct-4-ino

  • Oct-4-ino: C₁–C₂–C₃–C₄≡C₅–C₆–C₇–C₈.

  • Metil em C₃ e C₆: mas 3,3 significa dois metils no C₃ (terciário) e 6,6 idem.

  • Após quebra: C₄ vira COOH, C₃ é (CH₃)₂C– ligado ao C₂, então lado esquerdo dá ácido 2,2-dimetilpropanóico.

  • Lado direito simétrico dá mesmo ácido. Não é o desejado.

b) 2,2,6,6-tetrametil-oct-4-ino

  • Metil em C₂ e C₆, cada um com dois metils (quaternários? não, terciários se carbono da cadeia principal tiver H).

  • Após quebra, ácido também seria 2,2-dimetilpropanóico. Não.

c) 3,4,5,6-tetrametil-oct-4-ino

  • Nome estranho: alcinos duplamente substituídos nos dois carbonos da tripla? Mas oct-4-ino tem tripla entre C₄ e C₅; números 3,4,5,6 indicam metil nesses carbonos. Pode não ser simétrico e dar mistura de ácidos diferentes. Difícil dar ácido 2,3-dimetilbutanoico puro. Improvável.

d) 2,3,6,7-tetrametil-oct-4-ino

  • Simétrico: cada lado tem metil em C₂ e C₃ (lado esquerdo) e metil em C₆ e C₇ (lado direito, equivalentes a C₂' e C₃').

  • Estrutura:
    C₁(CH₃)–C₂H(CH₃)–C₃H(CH₃)–C₄≡C₅–C₆H(CH₃)–C₇H(CH₃)–C₈(CH₃)
    Na verdade C₁ é CH₃–, C₂ é CH(CH₃)–, C₃ é CH(CH₃)–, C₄ é C? (ligado a tripla), C₅ idem, C₆ CH(CH₃)–, C₇ CH(CH₃)–, C₈ CH₃.

  • Após quebra: C₄ vira COOH, então temos C₁–C₂–C₃–COOH com C₂ e C₃ metilados → ácido 2,3-dimetilbutanoico (correto). Lado direito idem.
    CERTO.

e) 2,3-dimetil-but-2-ino

  • But-2-ino com metil em C₂ e C₃ (os carbonos da tripla).
    Estrutura: (CH₃)₂C≡C(CH₃)₂? Isso seria 2,3-dimetil-but-2-ino (C₆ total), mas se oxidar dá dois ácidos 2-metilpropanóicos. Não forma o ácido 2,3-dimetilbutanoico.

ALTERNATIVA D


QUESTÃO 28.

A imagem mostra os membros anteriores de diferentes vertebrados (baleia, pássaro, morcego, cachorro, homem), todos com a mesma estrutura óssea básica (úmero, rádio, ulna, carpais, metacarpais, falanges), mas adaptados para funções diferentes (nadadeira, asa, mão, pata etc.).

Essas estruturas são homólogas — mesma origem embrionária e evolutiva, mas funções podem ser diferentes.

ALTERNATIVA E



QUESTÃO 29. 

A competição interespecífica ocorre quando espécies diferentes competem por recursos limitados. Ela se intensifica quando as espécies têm nichos ecológicos sobrepostos, ou seja, utilizam os mesmos recursos do ambiente (alimento, espaço, etc.) de forma semelhante.

Vamos analisar:

  • a) mesmo biótopo – compartilhar o mesmo espaço físico pode levar a competição, mas não é a causa principal; espécies em um mesmo biótopo podem ter nichos diferentes e não competir diretamente.

  • b) mesmo nicho ecológico – correto: é a sobreposição de nicho que gera competição direta por recursos.

  • c) mesmo ecossistema – muito amplo; muitas espécies coexistem no mesmo ecossistema sem competir diretamente.

  • d) mesma população – isso seria competição intraespecífica (dentro da mesma espécie), não interespecífica.

  • e) diferentes níveis tróficos – nesse caso, seriam relações de predação ou parasitismo, não competição direta.

 ALTERNATIVA B


QUESTÃO 30.
  • Duas esferas de mesma massa

    m=3,0×102 kgm = 3{,}0 imes10^{-2} ext{kg}
  • Cargas de mesmo módulo e sinais opostos

    q=1,0×106 Cq = 1{,}0 imes10^{-6} ext{C}
  • Ligadas por um fio isolante de comprimento

    L=0,5 mL = 0{,}5 ext{m}
  • A esfera com carga −q é lançada horizontalmente e descreve um giro completo em torno da +q.

  • Dados:

    g=10 m/s2,K=9×109 N
    m
    2
    /C2
    g = 10 ext{m/s}^2,quad K = 9 imes10^{9} ext{N·m}^2/ ext{C}^2

O movimento é um círculo vertical de raio LLL, sob ação de:

  • peso da esfera (mgmgmg);

  • força elétrica atrativa entre as cargas:

    Fe=Kq2L2F_e = K rac{q^2}{L^2}

Queremos a velocidade inicial na parte mais baixa v0v_0, mínima para completar a volta.

2. Condição dinâmica no ponto mais alto

No ponto mais alto da trajetória, para que o movimento ainda seja circular, a força resultante radial deve fornecer a aceleração centrípeta:

  • Direção radial é para o centro (para baixo, em relação à esfera que está em cima).

  • Tanto o peso quanto a força elétrica apontam para baixo (para o centro).

Condição no topo (tensão mínima Ttop=0T_ ext{top} = 0Ttop=0):

mvtop2L=mg+Fe=mg+Kq2L2 rac{m v_{ ext{top}}^{2}}{L} = mg + F_e = mg + K rac{q^2}{L^2}

Logo:

vtop2=gL+Kq2mLv_{ ext{top}}^{2} = gL + K rac{q^2}{m L}

Substituindo:

  • gL=10×0,5=5,0gL = 10 imes 0{,}5 = 5{,}0

  • Kq2mL=9×109(106)23×1020,5=9×1031,5×102=0,6K rac{q^2}{mL} = dfrac{9 imes10^{9},(10^{-6})^2}{3 imes10^{-2}cdot 0{,}5} = dfrac{9 imes10^{-3}}{1{,}5 imes10^{-2}} = 0{,}6

Então:

vtop2=5,0+0,6=5,6 (m2/s2)v_{ ext{top}}^{2} = 5{,}0 + 0{,}6 = 5{,}6 ext{(m}^2/ ext{s}^2)

3. Conservação de energia (de baixo para cima)

Da parte mais baixa (onde a esfera é lançada com v0v_0) até o topo:

  • Não há atrito ⇒ energia mecânica se conserva.

  • A distância vertical entre baixo e topo é 2L2L.

Energia no ponto mais baixo:

Ebaixo=12mv02+Ug(baixo)E_ ext{baixo} = rac{1}{2} m v_0^2 + U_g^ ext{(baixo)}

Energia no topo:

Etopo=12mvtop2+Ug(topo)E_ ext{topo} = rac{1}{2} m v_{ ext{top}}^2 + U_g^ ext{(topo)}

Escolhendo Ug=0U_g = 0 na parte mais baixa:

Ug(topo)=mg(2L)=2mgLU_g^ ext{(topo)} = mg(2L) = 2mgL

Como a distância entre as cargas é sempre LL, a energia elétrica é a mesma em baixo e em cima e se cancela.

Aplicando conservação:

12mv02=12mvtop2+2mgL rac{1}{2} m v_0^2 = rac{1}{2} m v_{ ext{top}}^2 + 2 m g L
v02=vtop2+4gLv_0^2 = v_{ ext{top}}^2 + 4 g L

Substituindo vtop2=5,6v_{ ext{top}}^2 = 5{,}6 e 4gL=4×10×0,5=204gL = 4 imes 10 imes 0{,}5 = 20

v02=5,6+20=25,6v_0^2 = 5{,}6 + 20 = 25{,}6
v0=25,65,06 m/sv_0 = sqrt{25{,}6} approx 5{,}06 ext{m/s}

O valor calculado 5,1 m/sapprox 5{,}1 ext{m/s} é mais próximo de 5,6 m/s.

ALTERNATIVA C


QUESTÃO 31. 

1. Dados fornecidos:

  • Tensão da bateria: U=3,7V

  • Capacidade da bateria: C=3000mAh

  • Tempo de carga: 7 horas (não usado diretamente, pois já sabemos a carga total armazenada em mAh)

  • Carga do elétron: e=1,6×1019C

  • Avogadro: NA=6,022×1023mol1

2. Carga total armazenada na bateria em coulombs

Capacidade em mAh significa que a bateria pode fornecer 3000mA3000mA durante 1 hora.

I×t=3000mA×1h=3,000A×3600s
Qtotal=3,0×3600=10800C

Isso é a carga total que pode ser fornecida pela bateria quando completamente carregada.

3. Número de elétrons correspondente

Carga de 1 elétron: e=1,6×1019C

Ne=Qtotale=108001,6×1019=6,75×1022
4. Número de mols de elétronsn=NeNA=6,75×10226,022×10230,1121mol

Isso é aproximadamente 0,1 mol de elétrons.

Alternativa A




QUESTÃO 32.

O fenótipo ancestral é NPL (lactase não persistente, comum em adultos da maioria das populações humanas).
Em populações com tradição de pastoreio, mutações regulatórias (SNPs) mantêm a expressão de LCT na idade adulta, dando o fenótipo PL (lactase persistente). Isso é uma adaptação evolutiva ligada ao consumo de leite animal.

Examinando cada alternativa:

a) "O fenótipo PL ocorreu a partir de mutações cromossômicas estruturais no gene da lactose, sendo, portanto, o fenótipo derivado."
Errado — as mutações são SNPs (pontuais), não estruturais cromossômicas. Embora PL seja o fenótipo derivado, a causa está incorreta.

b) "Em populações humanas (A), a convergência evolutiva é caracterizada pela evolução da característica por recombinação gênica e seus fenótipos intermediários."
Não há menção a convergência entre espécies diferentes aqui, e não parece descrever o cenário do texto.

c) "A pressão da deriva gênica (B) mostra a vantagem de PL sobre NPL, por se beneficiarem dos nutrientes, mesmo apresentando intolerância à lactose."
Contraditório: se são PL, não têm intolerância. Além disso, é seleção natural (vantagem nutricional), não deriva gênica.

d) "A coevolução gene-cultura em pessoas PL está associada aos hábitos de pastoreio, favorecendo a seleção, pelo aumento de alelos PL sobre os NPL (C)."
Correto. É o mecanismo conhecido como coevolução gene-cultura: o hábito cultural de consumir leite (pastoreio) cria pressão seletiva para alelos de persistência da lactase, aumentando sua frequência.

e) "Nos adultos PL, a lactase continua sendo expressa em baixas quantidades, assim a variante e o fenótipo e suas frequências aumentarão devido à migração."
Errado — em PL a lactase é expressa em quantidade suficiente para digerir lactose, não baixa. Além disso, migração não é o fator evolutivo principal aqui; é seleção natural.

ALTERNATIVA D



QUESTÃO 33.

Vamos analisar:

  • As aminas secundárias são mais básicas que as primárias devido ao efeito indutivo: maior número de grupos alquila ligados ao nitrogênio aumenta a densidade eletrônica no nitrogênio, estabilizando o cátion amônio formado após a protonação.

  • Já as aminas terciárias, apesar de terem ainda mais grupos alquila, são menos básicas que as secundárias (em meio aquoso) principalmente por causa do impedimento estérico: os três grupos alquila dificultam a solvatação do cátion amônio, além de atrapalhar o acesso do próton ao nitrogênio em alguns contextos.

Portanto, a sequência correta é:
1ª razão: efeito indutivo (maior basicidade das secundárias em relação às primárias)
2ª razão: impedimento estérico (menor basicidade das terciárias em relação às secundárias)

Alternativa C



 QUESTÃO 34.

O selo Produto Orgânico Brasil está ligado a normas de produção orgânica, que incluem:

  • Uso de práticas sustentáveis

  • Não utilização de agrotóxicos sintéticos

  • Não utilização de fertilizantes sintéticos

  • Não uso de organismos geneticamente modificados (não transgênicos)

  • Controle de aditivos alimentares (só os permitidos em normas orgânicas)

A alternativa d é a que resume corretamente essas características:
“cultivados sem a aplicação de agrotóxicos, fertilizantes sintéticos e aditivos, a partir de sementes não transgênicos”.

As outras alternativas:

  • a e b falam da composição química (substâncias orgânicas/inorgânicas), que não é o critério do selo.

  • c menciona estufas e ausência de pragas/competição, mas orgânicos podem ser cultivados a céu aberto e ter pragas (controladas por meios naturais).

  • e trata de irradiação, que não é permitida em produtos orgânicos certificados.

 Alternativa D



 QUESTÃO 35.

Vamos resolver passo a passo.

1. Fórmula da Lei de Hubble

A velocidade de recessão vv é dada por:

v=H0×d

onde

  • H0 é a constante de Hubble em km/s/Mpc

  • d é a distância em Mpc

2. Valores fornecidos

  • Valor previsto (modelo padrão): H0,prev67,5km/s/Mpc

  • Valor observado (Webb): H0,obs73,0km/s/Mpc

  • Distância da galáxia: d=200Mpc

3. Cálculo das velocidades

Com o valor previsto:

vprev=67,5×200=13500km/svprev=67,5×200=13500km/s

Com o valor observado:

vobs=73,0×200=14600km/svobs=73,0×200=14600km/s

4. Diferença de velocidade

Δv=vobsvprev=1460013500=1100km/sΔv=vobsvprev=1460013500=1100km/s

Alternativa C



 QUESTÃO 36.

Equilíbrio cetona-enol (tautomerismo ceto-enólico):

acetona (propanona) está em equilíbrio com seu enol (propen-2-ol-1, mais conhecido como eteno-ol com metil), mas o enol é muito pouco estável em comparação com a cetona, e em acetona pura a concentração do enol é muito baixa (em torno de 104%10−4% em condições normais).

a) Diz que é um caso especial de isomeria de posição — mas tautomerismo é um caso especial de isomeria de função (cetona ↔ enol), não de posição. Errada.

b) Afirma que enóis são instáveis, mas seu ânion enolato pode ser estabilizado por ressonância, o que justifica o comportamento ácido de aldeídos e cetonas (formação de enolato por remoção de próton α). Isso é correto — a formação do enolato por desprotonação em α é facilitada pela ressonância entre a forma enolato e a forma carbonílica.

c) Corante na acetona diminui a formação do enol? Isso não tem sentido químico; corante não interfere significativamente no equilíbrio tautomérico.

d) Diz que enóis são estáveis e podem ser isolados para obtenção industrial de alcinos como acetileno — incorreto, pois enóis geralmente não são estáveis (exceto alguns aromáticos/fenóis, mas não o enol da acetona).

e) Acetona e propen-2-ol-1 são tautômeros, não enantiômeros (imagens especulares). Errada.

 Alternativa B



 QUESTÃO 37.

Vamos analisar cada alternativa com base nas informações do texto.

a) Brasileiros apresentam uma herança di-híbrida com simetria sexual, pois houve exploração sexual, e as relações, geralmente, não eram consensuais.
O texto fala sobre diferenças nas contribuições por linhagens (paterna europeia, materna indígena/africana), mas o termo "di-híbrida com simetria sexual" não é apropriado geneticamente para a população como um todo. Além disso, o texto não entra especificamente no tema de consentimento ou exploração como explicação genética principal. Não é a apropriação correta das informações principais.

b) Os haplótipos do Y pernambucanos representam uma herança da Invasão Holandesa e Inglesa, embora a herança portuguesa e a africana prevaleçam.
O texto menciona que em Pernambuco há aumento de haplótipos do cromossomo Y do norte da Europa, o que historicamente pode ser associado à invasão holandesa no século XVII, mas o texto não faz essa associação explicitamente. O autor apenas informa que há esse aumento, mas não explica o motivo histórico. Pode ser uma inferência possível, mas não está no texto, portanto não é a “apropriação correta” segundo o texto.

c) No Nordeste, com proporção maior de autodeclarados pardos, espera-se uma população mais miscigenada do que no restante do país, onde há mais brancos.
O texto diz que o brasileiro em geral tem cerca de 70% de ancestralidade europeia, independentemente da região, e que a população é homogênea geneticamente. Portanto, o fato de alguém se autodeclarar pardo no Nordeste não significa geneticamente mais miscigenação do que no Sul, segundo o dado apresentado. Isso contradiz a ideia de homogeneidade genética inter-regional.

d) O genoma dos brasileiros é predominantemente de origem europeia. Não ocorreu mudança em nível de genótipo, mas sim em nível de fenótipo.
Diz que o genoma é predominantemente europeu (cerca de 70%), mas depois afirma “não ocorreu mudança em nível de genótipo, mas sim em nível de fenótipo” — isso é confuso e não está no texto. Além disso, a mudança foi genética (mistura) e fenotípica (cor da pele), mas dizer que não ocorreu mudança genotípica é falso (houve mistura).

e) Somos uma única espécie. O racismo é uma construção cultural; assim como o inventamos, podemos construir uma sociedade sem raças.
Essa é a mensagem final do texto: “A genética mostra que raças humanas não existem…”, enfatiza que racismo e discriminação são construções culturais e defende igualdade. Apropria-se corretamente da conclusão do autor.

 Alternativa E



 QUESTÃO 38.

 A. thaliana tem 5 cromossomos.

  • Duas regiões de DNA ribossomal (rDNA) principais: NOR4 ativa, NOR2 majoritariamente silenciada epigeneticamente.

  • No idiograma:

    • Cromossomos 1 e 5: parecem ter centrômeros mais centrais → metacêntricos?

    • Cromossomos 2, 3, 4: centrômeros mais próximos de uma extremidade → acrocêntricos ou submetacêntricos.

    • NOR mostrada como uma região específica (RON = Região Organizadora do Nucléolo).

    • Heterocromatina perto do centrômero.

a) O idiograma mostra a morfologia cromossômica metacêntrica para os cromossomos 1 e 5 e acrocêntrica para os demais.
Pelo desenho, realmente 1 e 5 têm braços quase iguais (metacêntricos), os outros são submetacêntricos (não totalmente acrocêntricos como humanos). Mas “acrocêntrica” para os demais pode ser imprecisão, pois em A. thaliana todos são considerados metacêntricos ou submetacêntricos, nenhum acrocêntrico típico. Errado.

b) A heterocromatina, por ser menos condensada, permite a expressão gênica e favorece a recombinação ao redor dos centrômeros.
Errado: heterocromatina é mais condensada, geralmente não expressa genes, recombinação é suprimida nela.

c) Os cinco cromossomos de A. thaliana apresentam genes para RNAr, os quais, juntamente com as histonas, irão formar os ribossomos.
Errado: genes de RNAr estão apenas nas NOR (cromossomos 2 e 4 segundo texto), não em todos os 5. Histonas não formam ribossomos, ribossomos são RNAr + proteínas ribossômicas.

d) Independentemente da sequência de DNA, os genes para RNAr podem ser ligados ou desligados, como ocorre na RON2.
O texto mostra que NOR2 está silenciada epigeneticamente (não por mudança na sequência). O “independentemente da sequência” está correto, pois é controle epigenético. Correto.

e) As plantas mutantes podem silenciar o DNA ribossomal, resultando maior capacidade de síntese de proteína e menor de RNAr.
Silenciar rDNA reduz RNAr, o que reduz capacidade de síntese proteica, não aumenta. Errado.

 ALTERNATIVA D



 QUESTÃO 39.

Vamos analisar o processo de galvanoplastia (eletrodeposição de ouro sobre prata):

  • O objeto a ser revestido (aliança de prata) deve ser o cátodo (polo negativo), onde os íons do metal a ser depositado (ouro) são reduzidos a metal.

  • ânodo (polo positivo) é geralmente uma barra do metal de revestimento (ouro) que se oxida, liberando íons na solução, ou pode ser inerte se a solução já tiver os íons.

  • Eletrólito: solução contendo íons do metal de revestimento (no caso, íons Au⁺ ou Au³⁺, em solução como tetracoroaurato, por exemplo).

a) A aliança ligada ao polo positivo (ânodo) faria com ela se oxidasse e dissolvesse, não é correto.
b) Descreve uma liga metálica por fusão, não é galvanoplastia.
c) Correta: aliança no polo negativo (cátodo), barra de ouro no polo positivo (ânodo), em solução com íons de ouro — isso é exatamente a eletrodeposição por galvanoplastia.
d) Não é espontânea; requer corrente elétrica.
e) Descreve evaporação em vácuo (deposição física), não galvanoplastia eletroquímica.

Alternativa c



 QUESTÃO 40. 

O paradoxo dos gêmeos ocorre porque, apesar da simetria aparente, os dois gêmeos não estão em situações simétricas:

  • O gêmeo que viaja e retorna sofre aceleração (muda de velocidade para voltar), ou pelo menos faz uma viagem com dois trechos inerciais diferentes.

  • Na relatividade restrita, podemos analisar com a ideia de que o tempo próprio é máximo para a linha de mundo inercial (o que fica na Terra), enquanto o viajante tem uma linha de mundo que não é inercial por todo o percurso, mesmo que consideremos cada trecho separadamente, e isso quebra a simetria.

Análise das alternativas:

a) Fala de referencial privilegiado, o que contraria a relatividade (não há referencial absoluto). Errado.

b) Ilusão de ótica — não, é efeito real da dilatação do tempo, medível. Errado.

c) Invariância da luz no referencial terrestre só — não é assim, a luz é invariante em todos os referenciais inerciais. E não explica a assimetria corretamente.

d) Contração do espaço existe, mas a explicação de que reduz a distância para o viajante está correta como parte da explicação, mas sozinha não resolve o paradoxo — precisamos considerar a mudança de referencial no retorno. Não é a melhor resposta aqui, porque faltam as acelerações.

e) Violação da simetria por causa dos segmentos acelerados que alteram a contagem do tempo próprio — essa é a resolução do paradoxo na relatividade restrita (considerando que o viajante não está em um único referencial inercial). Correta.

 Alternativa E



 QUESTÃO 41.

 

Análise das alternativas:

a) O octano é um hidrocarboneto de cadeia fechada, insaturada e heterogênea, o que contribui para sua maior eficiência em relação a combustíveis alternativos.
→ Falsa. O octano é um alcano de cadeia aberta (pode ter isômeros, mas é saturado) e homogênea (apenas C e H).

b) Motores a gasolina poluem mais do que motores a álcool porque produzem mais CO₂ e podem liberar monóxido de carbono, devido à combustão incompleta.
→ Correta. A gasolina emite mais CO₂ por unidade de energia e, em condições de combustão incompleta, libera CO (o álcool, por conter oxigênio na molécula, tende a ter combustão mais completa e menor emissão de CO).

c) O álcool é considerado um biocombustível devido à sua maior eficiência energética em comparação ao octano.
→ Falsa. O álcool é biocombustível por ser obtido de fonte renovável (biomassa), não por ser mais eficiente (aliás, seu poder calorífico é menor que o da gasolina).

d) A reação de combustão completa do octano produz apenas vapor de água, sendo, por isso, considerada uma fonte limpa de energia.
→ Falsa. A combustão completa do octano produz CO₂ e H₂O, e o CO₂ é um gás do efeito estufa, logo não é “limpa” nesse sentido ambiental.

e) Os hidrocarbonetos presentes na gasolina são polares, o que facilita sua dissolução em água e reduz os impactos ambientais.
→ Falsa. Hidrocarbonetos são apolares, praticamente insolúveis em água, e essa característica não reduz impactos ambientais (pode até agravar, formando filmes sobre a água).

ALTERNATIVA B



QUESTÃO 42.

Vamos relacionar os parâmetros de qualidade da água com suas prováveis causas.

I. Pouco oxigênio dissolvido
Isso geralmente ocorre por eutrofização (excesso de nutrientes, como nitrato e fosfato → crescimento excessivo de algas → decomposição por bactérias aeróbicas → consumo de O₂) ou por grande quantidade de matéria orgânica (como esgoto) sendo decomposta. Pode levar à ausência de peixes e outros organismos aeróbicos.

II. Alta concentração de nitrato
Indica principalmente contaminação por esgoto doméstico ou fertilizantes agrícolas (adubos químicos).

III. Alta concentração de fosfato
Também indica esgoto (detergentes com fosfatos) ou fertilizantes.

IV. Grande quantidade de coliformes fecais
Indica contaminação por fezes humanas ou de animais (esgoto não tratado).

Análise das alternativas

a) I – abundância de algas filamentosas (isso é consequência de nutrientes, não causa de baixo O₂? Na verdade, causa baixo O₂ à noite e na decomposição, mas nem sempre é a principal explicação para “pouco oxigênio” em rios poluídos; pode ser correto, mas não tão direto); II – excesso de pesticidas (pesticidas não têm nitrato, nitrato vem de esgoto/fertilizantes) → errado.

b) I – alta densidade de zooplâncton (zooplâncton não consome tanto O₂ a ponto de ser a principal causa); II – excesso de lama em suspensão (não está diretamente ligado a nitrato); III – rochas fragmentadas (não tem relação com fosfato); IV – presença de bactérias anaeróbicas (consequência, não causa, e não é o que coliformes fecais indicam) → errado.

c) I – ausência de peixes (pode ser consequência de pouco O₂, mas a causa é a baixa oxigenação, não a ausência de peixes) — pode estar usando como indicador, mas é correto na prática; II – lançamento de esgoto (nitrato alto) → certo; III – presença de detergentes (fosfato) → certo; IV – presença de fezes humanas (coliformes fecais) → certo.
Esta parece correta, pois os itens II, III e IV estão certíssimos, e o I (ausência de peixes) é indicador da baixa oxigenação, apesar de não ser a causa primária.

d) I – ausência de bactérias aeróbicas (errado, elas aumentam na decomposição da matéria orgânica); II – presença de adubo químico (nitrato alto) → certo; III – decomposição de rochas (fosfato geralmente não vem só de rochas, vem mais de esgoto/fertilizantes) → não ideal; IV – excesso de matéria orgânica (coliformes não indicam diretamente só matéria orgânica, indicam contaminação fecal) → não ideal. Errado.

e) I – alta densidade de fitoplâncton (consequência de nutrientes, não causa direta de pouco oxigênio dissolvido; pode causar aumento de O₂ por fotossíntese durante o dia, mas à noite consome; pode ser ambíguo); II – lançamento de fertilizantes (nitrato) → certo; III – presença de resíduos plásticos (não relacionado a fosfato) → errado; IV – efluente industrial (coliformes são mais esgoto doméstico) → errado.

Alternatica C



 QUESTÃO 43.

A balança mede a força normal, que varia porque a massa sobre ela está em MHS (movimento harmônico simples).

Quando a massa está:

  • no ponto mais baixo → aceleração para cima é máxima
    ⇒ balança registra maior peso aparente.

  • no ponto mais alto → aceleração é para baixo
    ⇒ balança registra menor peso aparente.

A aceleração máxima em MHS é:

amax=ω2A=kmAa_{max} = omega^2 A = rac{k}{m},A

E a balança marca:

N=m(g±amax)N = m(g pm a_{max})

Dados da questão

  • Massa total (sistema em repouso):

    m=4,0 kgm = 4,0~ ext{kg}
  • Leituras da balança:

    • Máxima = 4,6 kg

    • Mínima = 3,4 kg

Convertendo para Newton:

Nmax=4,6×10=46 NN_{max} = 4,6 imes 10 = 46~ ext{N}
Nmin=3,4×10=34 NN_{min} = 3,4 imes 10 = 34~ ext{N}

Peso real:

mg=4,0×10=40 Nmg = 4,0 imes 10 = 40~ ext{N}

Amplitude:

A=12 cm=0,12 mA = 12~ ext{cm} = 0,12~ ext{m}O peso aparente varia:

Nmax=mg+mamaxN_{max} = mg + ma_{max} Nmin=mgmamaxN_{min} = mg - ma_{max}

Subtraindo as duas:

NmaxNmin=2mamaxN_{max} - N_{min} = 2ma_{max} 4634=24amax46 - 34 = 2 cdot 4 cdot a_{max} 12=8amax12 = 8 a_{max} amax=1,5 m/s2a_{max} = 1{,}5~ ext{m/s}^2

Agora usamos a aceleração máxima do MHS:

amax=kmAa_{max} = rac{k}{m} A
1,5=k40,121{,}5 = rac{k}{4}cdot 0,12
1,5=0,03k1{,}5 = 0{,}03k
k=1,50,03k = rac{1{,}5}{0{,}03} k=50 N/mk = 50~ ext{N/m}
Alternativa D



 QUESTÃO 44.

Vamos analisar cada alternativa sobre o ozônio (O₃).

a) na Atmosfera, ajuda a formar nuvens.
O ozônio não tem papel conhecido na formação de nuvens. A formação de nuvens depende principalmente de vapor d’água, partículas de aerossóis e condições de temperatura/pressão. → Falso.

b) no solo, quando fixado, absorve radiação infravermelho distante.
O ozônio na superfície (poluente) não é conhecido por “fixar” e absorver infravermelho distante de modo relevante para efeitos climáticos comparado a CO₂ e H₂O. Além disso, essa característica de absorção IR se dá principalmente na atmosfera, mas não é uma função primária do ozônio superficial. → Falso como afirmação geral.

c) na Biosfera, é usado no processo da fotossíntese.
A fotossíntese usa água e CO₂, libera O₂. O ozônio é tóxico para plantas e não é usado na fotossíntese. → Falso.

d) na Estratosfera, filtra a radiação ultravioleta do tipo B.
Correto. A camada de ozônio estratosférico absorve radiação UV-B (e UV-C), protegendo a vida terrestre.

e) na Troposfera, é um gás não poluente.
Na troposfera, o ozônio em baixas altitudes é um poluente secundário, componente do smog fotoquímico, prejudicial à saúde e à vegetação. → Falso.

Alternativa D



QUESTÃO 45.

Sobre os isômeros do ibuprofeno.

O ibuprofeno tem um carbono quiral (o carbono α ao grupo carboxila, ligado ao grupo isobutil e ao grupo aril propanoico). Existem dois enantiômeros:

  • (S)-ibuprofeno – forma biologicamente ativa.

  • (R)-ibuprofeno – forma biologicamente inativa.

Análise das alternativas

a) A forma comercial do ibuprofeno é composta por uma mistura racêmica, contendo ambos os isômeros enantioméricos, S-ibuprofeno e R-ibuprofeno.
→ Verdadeira. Historicamente e ainda em muitos produtos, o ibuprofeno é vendido como mistura racêmica (50% S e 50% R), embora hoje existam versões enantiopuras.

b) O isômero R é a forma biologicamente inativa devido à presença de um grupamento ácido carboxílico em sua estrutura.
→ Falsa. Ambos enantiômeros têm o grupo carboxílico; a inatividade do isômero R deve-se à estereoquímica não adequada ao sítio ativo enzimático, não à presença do ácido carboxílico.

c) Além de existir enquanto isômeros óticos, as duas estruturas apresentam isomeria geométrica do tipo cis-trans.
→ Falsa. Não há dupla ligação na estrutura do ibuprofeno que permita isomeria geométrica cis-trans.

d) A presença de maior quantidade do isômero R na composição do ibuprofeno pode levar à não ocorrência de efeito da medicação no organismo.
→ Falsa. Mesmo se houver mais R, o isômero S presente continua exercendo efeito farmacológico; a eficácia diminui proporcionalmente à quantidade de S, mas não cessa totalmente.

e) O S-ibuprofeno e o R-ibuprofeno não apresentam atividade ótica.
→ Falsa. Justamente por serem enantiômeros, eles desviam o plano da luz polarizada (apresentam atividade ótica).

 ALTERNATIVA A 



 QUESTÃO 46.

a) árvores absorvem dióxido de carbono na fotossíntese e o armazenam em sua biomassa.
Correto. Isso é o principal mecanismo pelo qual o reflorestamento atua contra as mudanças climáticas: as árvores sequestram CO₂ da atmosfera via fotossíntese, fixando carbono na biomassa (tronco, raízes, folhas) e no solo.

b) plantas verdes, por meio da absorção de nutrientes, retiram nitrato do solo, diminuindo a emissão de óxido nitroso (N₂O).
Embora plantas absorvam nitratos, essa não é a principal razão para debater reflorestamento na COP; a contribuição mais direta é o sequestro de CO₂. Além disso, a redução de N₂O é mais ligada a práticas agrícolas do que ao plantio de árvores em si.

c) a copa das árvores absorve raios UV, diminuindo a temperatura da atmosfera.
O ozônio é que absorve UV; a copa das árvores tem pouco efeito direto na absorção de UV, e a diminuição de temperatura local é mais por sombreamento e evapotranspiração, mas não é o argumento central para gases estufa.

d) plantas utilizam gás carbônico para quebrar moléculas de glicose e outros açúcares, liberando oxigênio e água.
Isso descreve respiração celular, não fotossíntese. Na respiração, consomem O₂ e liberam CO₂, então não seria uma medida para reduzir CO₂.

e) a transpiração das plantas aumenta a umidade do ar, reagindo com gases do efeito estufa, que se precipitam sobre o solo.
A transpiração não faz os gases estufa precipitarem; umidade não reage com CO₂ ou CH₄ para remoção direta.

 Alternativa A



 QUESTÃO 47.

 Eletrólise para obtenção de prata metálica.

Dados:

  • 25 braceletes, cada um precisa de 7,5 g de Ag pura.

  • Total de Ag: 25×7,5=187,5 g

  • Massa molar da Ag: 108 g/mol

  • Corrente constante: I=2,0 A

  • Constante de Faraday: F=96500 C/mol

1. Cálculo da carga necessária

A semirreação de redução no cátodo:

Ag++eAg(s)

1 mol de elétrons (1 F) deposita 1 mol de Ag (108 g).

Mols de Ag necessários:

nAg=187,51081,736 mol

Carga total:

Q=nAg×F=1,736×96500167524 C

2. Tempo de eletrólise

Q=I×tt=QI=1675242,083762 s

Convertendo para horas:

Isso corresponde aproximadamente a 25 horas.

A prata se deposita no cátodo (polo negativo).

  • a) 1 hora no cátodo → insuficiente (aprox. 8 g de Ag apenas).

  • b) 1 hora no ânodo → errado, deposição ocorre no cátodo.

  • c) 25 horas no cátodo → correto, valor calculado ~23,3 h ≈ 25 h.

  • d) 25 horas no ânodo → errado.

  • e) diz que só eletrólise ígnea deposita Ag → falso, AgNO₃ em solução aquosa deposita Ag no cátodo normalmente.

 ALTERNATIVA C



QUESTÃO 48.

 O gráfico mostra:

  • De t = 0 a t = 2,0 s, B cresce de 0 T até 4,0 Ttrecho linear.

  • A questão pede o valor da corrente em t = 1,5 s, que está dentro desse trecho linear.

Portanto, basta calcular a inclinação do gráfico de 0 a 2 s:

dBdt=4,002,00=2 T/s rac{dB}{dt} = rac{4,0 - 0}{2,0 - 0} = 2 ext{T/s}

Agora aplicamos a lei de Faraday

Espira circular de raio:

r=1,0 cm=0,01 mr = 1,0 ext{cm} = 0{,}01 ext{m}

Área:

A=πr23×104 m2A = pi r^2 approx 3 imes10^{-4} ext{m}^2

Número de voltas:

N=10N = 10

Produto:

NA=103×104=3×103NA = 10 cdot 3 imes10^{-4} = 3 imes10^{-3}

f.e.m.:

ε=NAdBdt arepsilon = N A rac{dB}{dt} ε=3×1032=6×103 V=0,006 V arepsilon = 3 imes10^{-3} cdot 2 = 6 imes10^{-3} ext{V} = 0{,}006 ext{V}

Corrente no resistor R = 60 Ω

I=εR=0,00660I = rac{ arepsilon}{R} = rac{0{,}006}{60} I=1×104 AI = 1 imes10^{-4} ext{A}

Convertendo para mA:

I=0,1 mAI = 0{,}1 ext{mA}

ALTERNATIVA A 



 QUESTÃO 49.

a) o etanol é um álcool obtido predominantemente de fontes renováveis, além de ser menos agressivo do ponto de vista ambiental, o que favorece sua utilização.
Correto. O etanol brasileiro vem da cana-de-açúcar, fonte renovável. Embora o metanol possa ser produzido a partir de biomassa (metanol verde), atualmente a maior parte mundial é de origem fóssil. A escolha do etanol no Brasil está ligada à grande produção nacional renovável e aspectos ambientais.

b) o metanol é um álcool instável, que pode causar explosões em ambientes não controlados, ampliando os riscos de acidentes ambientais.
Tanto metanol quanto etanol são inflamáveis. O metanol não é significativamente mais instável que o etanol, então esse não é o principal motivo da escolha.

c) o metanol, devido a sua pequena massa molar, é um gás à temperatura ambiente, o que torna o processo de síntese mais complexo.
Incorreto: metanol é líquido à temperatura ambiente (PE ≈ 65°C). O metanol não é gás em condições normais.

d) o etanol é um dos principais produtos brasileiros, enquanto o metanol não é produzido no Brasil e só está disponível via importação.
Atualmente, o Brasil produz metanol, mas em menor escala, e historicamente usa etanol pela ampla disponibilidade da cana-de-açúcar, mas dizer que o metanol "não é produzido" não é mais totalmente verdade. Essa afirmação pode ser enganadora.

e) o metanol pode reagir diretamente com o catalisador, causando formação de produtos indesejáveis, por reações paralelas, prejudicando o rendimento do processo.
Metanol e etanol se comportam de modo similar em transesterificação; ambos podem ter reações paralelas, mas não é um motivo principal para a escolha no Brasil.

 Alternativa A.

 

QUESTÃO 50.

 Dados:

  • Capacitância específica: Cespecıˊfica=210 F/g

  • Massa total: m=1 kg=1000 g

  • Tensão máxima por supercapacitor: Vmax=2,7 V

  • Supondo que todos os supercapacitores estão conectados em paralelo?
    O texto menciona que em série aumenta resistência e reduz vida útil, então para maximizar a energia armazenada por kg devemos usar cada supercapacitor individual em sua tensão máxima, mas eles não podem ser simplesmente todos em paralelo com 1kg — na prática, capacitores em paralelo somam capacitância mantendo a mesma tensão.

Portanto, para m=1kg, a capacitância total seria:

Ctotal=Cespecıˊfica×m=210 F/g×1000 g=210000 F=2,1×105 F

Energia armazenada em um capacitor:

E=12CV2

com V=2,7 V

E=12×210000×(2,7)2
E=105000×7,29
E=765450 J
E765,45 kJ

 Alternativa E



  

NÍVEL DE DIFICULDADE DAS QUESTÕES:

BIOLOGIA

Questão Tema Dificuldade
24 Clonagem (tipos) Médio
28 Estruturas homólogas (evolução) Fácil
29 Competição interespecífica / nicho ecológico Fácil
32 Genética populacional (lactase) Médio
34 Produtos orgânicos / selo de qualidade Fácil
37 Genética das populações brasileiras Médio
38 Citogenética (A. thaliana, heterocromatina, NOR) Difícil
42 Poluição hídrica (parâmetros de qualidade da água) Médio
44 Ozônio (camadas e funções) Médio
46 Reflorestamento e sequestro de carbono Fácil

QUÍMICA

Questão Tema Dificuldade
25 Pilha de Volta (funcionamento) Médio
27 Oxidação de alcinos → ácido carboxílico Difícil
33 Basicidade de aminas (efeito indutivo e estérico) Médio
36 Tautomerismo cetona-enol Médio
39 Galvanoplastia (eletrodeposição) Médio
41 Combustão de hidrocarbonetos e poluição Fácil
45 Estereoquímica do ibuprofeno (enantiômeros) Médio
47 Eletrólise (cálculo estequiométrico com Faraday) Médio
49 Biodiesel (transesterificação, etanol vs. metanol) Médio

FÍSICA

Questão Tema Dificuldade
26 Física quântica / laser (cálculo de λ a partir de ΔE) Médio
30 Movimento circular vertical com força elétrica e gravidade Difícil
31 Cálculo de mols de elétrons (bateria, carga) Médio
35 Lei de Hubble (cálculo de velocidade de recessão) Fácil
40 Relatividade (paradoxo dos gêmeos) Médio
43 Sistema massa-mola (balança, amplitude, constante k) Médio
48 Indução eletromagnética (Lei de Faraday) Médio
50 Energia armazenada em supercapacitores (cálculo) Médio

INTERDISCIPLINAR / MEIO AMBIENTE / TEMAS CONTEMPORÂNEOS

Questão Área predominante Tema Dificuldade
34 Biologia / Química Produto orgânico Fácil
41 Química / Ambiente Combustíveis e poluição Fácil
42 Biologia / Ambiente Saneamento e poluição hídrica Médio
44 Biologia / Ambiente Camadas da atmosfera e ozônio Médio
46 Biologia / Ambiente Reflorestamento e efeito estufa Fácil
49 Química / Ambiente Biocombustíveis (biodiesel) Médio
50 Física / Química / Energia Supercapacitores (energia renovável) Médio

RESUMO DA DISTRIBUIÇÃO POR DIFICULDADE

  • Fácil: 28, 29, 34, 35, 41, 46 (6 questões)

  • Médio: 24, 25, 26, 31, 32, 33, 36, 37, 39, 40, 42, 43, 44, 45, 47, 48, 49, 50 (18 questões)

  • Difícil: 27, 30, 38 (3 questões)

Total: 27 questões de Ciências da Natureza (24–50).